quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Olhos Esquecidos

Eu não sabia o que me esperava
Realmente tolo
Eu não sabia de nada
Eu apenas te amava
E você não me dava nem um olhar
Sendo que o meu erro foi ser tolo
Te amo, mas não posso esquecer
Sentia-me curado até o seu regresso
Mas agora as lágrimas descem desse par
Desse par de olhos esquecidos
Esquecidos por ti
Esquecidos por mim

sábado, 15 de outubro de 2011

Devaneio número um: O suicídio interno

Sempre que tomamos distancia de algo, passamos a ter uma noção melhor de tudo o que se passa. E isso é péssimo. Eu pude ver o valor daquilo que eu perdi. Eu pude saber que certos sacrifícios são em vão.

O pior disso tudo é ver o seu próprio amor ser tornar inútil. Fraco. Obsoleto.

Cada vez que tento não sentir algo que quero sentir, é como se alguma parte minha morresse. Estou me matando por dentro. Tornando-me uma casca vazia. Vazia de sentimentos. E na verdade, no fundo, é isso que eu quero. Que meus sentimentos se tornem invisíveis. Eu quero ignorá-los.

Enfim, se a dor insiste em me machucar, eu vou mordê-la e destruí-la. E não sentirei mais nada de bom, pois tudo que tem uma face bela também tem uma face monstruosa.

Isso é um suicídio interno. Não serei nem ruim, e nem bom. Apenas não serei.

Amar intensamente significa sofrer intensamente. Tenha medo, tenha ódio, não sinta.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Narrativa de uma metamorfose

Então ele entrou pela sala enquanto em sua cabeça se repetia apenas uma frase. Não! Era uma ordem para si mesmo." Eu preciso me isolar, eu me preciso me isolar..." E não parava por nada. O desespero. A taquicardia.

Aonde isso iria chegar? Qual o sentido?

O que sentia era a vergonha ou a revolta?

Isso que ocorre em aprender certas lições da maneira mais prática possível. E na lição de hoje ele aprendeu que uma pessoa não se apaixona pelo o que você sente por ela, e sim pelo o que a faz sentir.

Pois é! Aprender isso não é fácil.

O pobre rapaz sente vontade de gritar estando calado. Quer chorar enquanto ri. "Sinceramente, não tenho reação".

O isolamento é a sua reação.

E com o sangue que desceu de seu corpo graças ao espelho quebrado, ele escreveu na parede: NUNCA MAIS!


-Escrito por Rodrigo de Souza Costa, no início de uma quinta-feira.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Eu e ela

E ela mais uma vez me encanta
Percebe que as lágrimas são inúteis
E eu mais uma vez me perco
Em meio a essas dores fúteis

Ela evolui e sorri para a vida
Se lembrando apenas do que foi bom
E eu não esqueço os espinhos de uma flor
Ainda sinto no coração uma dor ácida

E ela se vai
E eu fico

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Eu te odeio

Você me açoitou duas vezes.

me mostrou a dura realidade

Por você eu perdi minha vaidade

e ganhei uma dor nova a cada doze meses


Maldito seja você

que queima em meu peito

sem me deixar ao menos ver!

Até quando irá mudar o que esta feito?


Não quero tua beleza

Você não existe fora de mim

Será esta a minha fraqueza?

Tenho fé que ela vai ter fim


Tens a crueldade de sempre me usar

Suas várias faces sempre irão me enganar

Por isso que odeio com todo penhor

esse ingrato sentimento chamado amor!

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

As sombras

Sentir uma forte paixão no peito nem sempre é belo
Olhar para trás com nostalgia e orgulho não é mérito
Por isso eu não queria ser mais um no mundo
Mas me tornei a sombra do meu próprio ódio

Em meu leito sinto aquela inquietação de um amor
Fico me lembrando de quando eu admirava a loucura
Sem perceber que não passo de um louco normal
E que o meus vícios só pioram tudo, todos e o nada

Preciso sentir uma dor mais forte a cada dia
Algo que corrompa as minhas virtudes
Preciso disso para sentir a vida e a morte
Porque utopias não alimentam sonhos lúcidos

Eu só quero que esse maldito inferno acabe
Para assim achar o caminho correto
E sentir novamente a alegria de um sorriso sincero

São essas as sombras da alma



Escrito em 21/02/08, porém mais relevante do que nunca em minha vida.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Dependência

Uma avalanche
e os sentimentos estranhos entram em minha alma
Uma falange
de pensamentos armados destroem minha calma

A fúria que parecia controlada
me domina novamente
A saudade que devia ser acorrentada
sou dela agora dependente

Estou alucinado
Quero sentir o seu corpo
mais uma vez ao meu lado
O seu calor de novo, o seu corpo

E dele a minha alma é dependente

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Born, live, suffer and die

Complete o ciclo
Termine o jogo
Cresça, evolua, se canse
Corra, desista, sem chance
Seja mais um peão no nosso mundo
Sofra calado, não reclame, você é mudo

E seja diferente sem deixar de ser igual
Sentimentos pré-fabricados num vício fatal
Entra luz e só escuridão sai
E nesse ciclo você também cai

Born, live, suffer and die

sábado, 7 de maio de 2011

Falta de Inspiração

Sem inspiração
Porque eu não sinto nada
Esse mundo é estéril
Como terra com sal

A imaginação
Sem cores, sem dor, nem fada
Na minha face me feriu
Como se fosse animal

E no coração sem inspiração
Tudo o que floresce é a indiferença
Sendo assim nem ao menos cresce
Uma pequena crença

quinta-feira, 14 de abril de 2011

No limite da alma

Hoje acordei no abismo do meu bom senso
Me sinto sufocado em cada vez que eu penso
Em toda cólera e dor, em cada vez que fui chorar
Com o coração acelerado, despido, nem posso respirar

De frente para o espelho, sem face eu solto lamentos
Daquele erro que soterra os meus prazeres baratos
Apenas dois lados da minha alma gritam por paz
Sendo que força sem o medo, nada faz

E num furacão de ilusões, eu tento saber quando sou real

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Espinhos de Gelo

Não me faça chorar, querida

Eu estou tão frio, acho que sou

tão frio como gelo seco

Minhas lágrimas não caem

Congelaram nos meus olhos



Todas vocês entraram e saíram

da minha vida

Essa é a lembrança que me dói mais

Eu mereço a piedade de Cazuza

Espero alguém que caiba em meus sonhos