quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Doce Agonia

Eu vou te acompanhar todo o tempo
Quando você levantar, já estou lá
E na hora de dormir, te sigo até a cama
Sinto sua dor e o prazer que sempre chama

Conheço sua fraqueza, conheço seus pontos
Sei aonde te tocar, sei até te matar

Mas também sei que você ainda vive
E me respira, e me bebe, se enlouquece
Sei tudo sobre ti e nada sobre mim
Eu nem existo sem você

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Parceria

Essa é uma parceria com a minha grande amiga Léticia. Cada um foi escrevendo uma fala do dialógo e depois vimos no que deu. Até que ficou bacana, rsrs. As partes em vermelho quem escreveu foi ela.

Vozes e papéis


-Dê o primeiro passo que eu te sigo
Porque no dia seguinte repito o mesmo erro de sempre
Seus passos são mais seguros

-Não sei porque pensas assim
Afinal de contas, a quantidade de passo é a mesma para os dois, caro amigo
Dê o primeiro passo
Já que sempre julgo os meus inconstantes
E assegurados da falta de segurança

- Ontem perdi o meu caminho , perdi meus passos
Talvez tenha sido aquela garrafa que eu bebi sozinho
Não sei dizer
Mas que seja, não quero de perder de novo

-Mas as perdas são necessárias
É perdendo que nós encontramos
Talvez a verdadeira razão para tudo
Tenha ficado no fundo daquela garrafa
Que após beber sozinha, joguei pela janela do meu quarto

- Seja lá que perdi, seja lá aonde perdi
É algo que me faz falta
Me incompleta, me destrói, é um tornado
Posso dar o primeiro passo
Mas saiba você que se perder comigo é mais fácil do que parece

-De tardinha olhei pelo portão
E tava lá a rua...
Demasiada de incertezas e poucas possíveis soluções
A única certeza que me restara naquela tarde vazia
É que me perco em tudo mais do que poderia me achar em um milhão de anos
Será o acaso do destino? Falta de sorte? Ou sorte mesmo?
Vai saber...
Várias doses de caipirinha podem começar a me responder!

-Se várias garrafas não me respondem
Doses nem ao menos te dão pistas
Chega de devaneios
A estrada nos espera
Com certezas ou dúvidas
Vamos partir
Pois posso arriscar afirmar com alguma verdade
Que eu te amo

-Vamos partir
A estrada é só o início de qualquer fim
Temos todo o tempo do mundo para pensar em tempo
Valioso amigo, com todas as certezas e incertezas desse mundo
Posso afirmar verdadeiramente que te amo!
Vamos de mãos dadas
Sob a Lua de qualquer estação
Sob o Sol de qualquer verão
Para o futuro mais certo que o próprio ar que respiramos!
Para o barzinho...
Copos erguidos para brindar
A magia de mais um dia dentro dos dias
E a sinfonia vital da poesia que inunda nossas almas irmãs

quinta-feira, 25 de junho de 2009

No preto e no branco

O que é mais um corte para um braço mutilado?
O que é mais dor para uma vida sem emoções?
Meu sangue é como água
Ele deve ser vazio de cores



Certo dia percebi que estou sempre angustiado
Troco de parceiras constantemente
Mas minha cama é sempre vazia

O mais interessante é que depois do décimo soco
Já não sinto mais nada

Juro que tentei, eu fiz a minha parte
Nenhum sentimento valerá uma dor
Nenhum sofrimento valerá a minha vida
Sou chama que arde e apaga
E rápido

Sem se envolver, sem se iludir
Nunca estará bom
E nem vai piorar
Vivo a vida em preto e branco

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Calabouço

Lágrimas para encher o cálice
Que já transborda de tanta dor

Deus! Hoje segurei uma arma pela primeira vez
Tive vontade de atirar e acabar com tudo
Mas o fim é o início de mais uma tortura

De tanto socar a parede meus braços estão quebrados
Essa maldita parede de angústia não cai

Até quando vou ter que receber pontapés com um sorriso no rosto?
Minha melancolia causa dor, que se converte em ódio
Que teima em não se tornar violência

Pego minhas mágoas e engulo todas
Ajeito minha roupa
E volto com um belo sorriso
Afinal, quem quer saber disso?

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Hoje resolvi postar um antigo texto meu, que já deve ter uns dois anos e já devo ter modificado ele umas 3 vezes. É dele que eu tirei o nome do blog (dã!).



Bom, boa diversão (ou não!).



Apenas real

Quando subo no palco
Eu vejo tudo diferente
É demais para a minha mente

Sou capaz de fugir
Sou capaz de fingir

Sou capaz de cair
No meu Inferno particular

Algo estranho e diferente
Existe uma ilusão logo em frente
Sem nenhum sentido, afinal!

Quando desço do palco
O mundo fica real