quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Narrativa de uma metamorfose

Então ele entrou pela sala enquanto em sua cabeça se repetia apenas uma frase. Não! Era uma ordem para si mesmo." Eu preciso me isolar, eu me preciso me isolar..." E não parava por nada. O desespero. A taquicardia.

Aonde isso iria chegar? Qual o sentido?

O que sentia era a vergonha ou a revolta?

Isso que ocorre em aprender certas lições da maneira mais prática possível. E na lição de hoje ele aprendeu que uma pessoa não se apaixona pelo o que você sente por ela, e sim pelo o que a faz sentir.

Pois é! Aprender isso não é fácil.

O pobre rapaz sente vontade de gritar estando calado. Quer chorar enquanto ri. "Sinceramente, não tenho reação".

O isolamento é a sua reação.

E com o sangue que desceu de seu corpo graças ao espelho quebrado, ele escreveu na parede: NUNCA MAIS!


-Escrito por Rodrigo de Souza Costa, no início de uma quinta-feira.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Eu e ela

E ela mais uma vez me encanta
Percebe que as lágrimas são inúteis
E eu mais uma vez me perco
Em meio a essas dores fúteis

Ela evolui e sorri para a vida
Se lembrando apenas do que foi bom
E eu não esqueço os espinhos de uma flor
Ainda sinto no coração uma dor ácida

E ela se vai
E eu fico

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Eu te odeio

Você me açoitou duas vezes.

me mostrou a dura realidade

Por você eu perdi minha vaidade

e ganhei uma dor nova a cada doze meses


Maldito seja você

que queima em meu peito

sem me deixar ao menos ver!

Até quando irá mudar o que esta feito?


Não quero tua beleza

Você não existe fora de mim

Será esta a minha fraqueza?

Tenho fé que ela vai ter fim


Tens a crueldade de sempre me usar

Suas várias faces sempre irão me enganar

Por isso que odeio com todo penhor

esse ingrato sentimento chamado amor!

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

As sombras

Sentir uma forte paixão no peito nem sempre é belo
Olhar para trás com nostalgia e orgulho não é mérito
Por isso eu não queria ser mais um no mundo
Mas me tornei a sombra do meu próprio ódio

Em meu leito sinto aquela inquietação de um amor
Fico me lembrando de quando eu admirava a loucura
Sem perceber que não passo de um louco normal
E que o meus vícios só pioram tudo, todos e o nada

Preciso sentir uma dor mais forte a cada dia
Algo que corrompa as minhas virtudes
Preciso disso para sentir a vida e a morte
Porque utopias não alimentam sonhos lúcidos

Eu só quero que esse maldito inferno acabe
Para assim achar o caminho correto
E sentir novamente a alegria de um sorriso sincero

São essas as sombras da alma



Escrito em 21/02/08, porém mais relevante do que nunca em minha vida.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Dependência

Uma avalanche
e os sentimentos estranhos entram em minha alma
Uma falange
de pensamentos armados destroem minha calma

A fúria que parecia controlada
me domina novamente
A saudade que devia ser acorrentada
sou dela agora dependente

Estou alucinado
Quero sentir o seu corpo
mais uma vez ao meu lado
O seu calor de novo, o seu corpo

E dele a minha alma é dependente